Mais de um semblante, onde scintillava talento, se toldou de nuvens...
Viagens na Galliza
I. F. Silveira da Mota (1889)

Do latim scintillare, escintilar (que significa brilhar) é umha palavra viva no galego que curiosamente o Priberam parece nom recolher.
Farelhões: escolhos ponteagudos, empinados a cima d'agua, uns continguos á terra, outros formando ilhetas, e por sua grandeza e perigo que perto d'elles correm os navios andão assignalados nas cartas maritimas.

(Do Diccionario dos synonymos... de Roquete)
Xira: comida, papança, papazana, pasto.

(Do Diccionario dos synonymos... de Roquete)
Perguntei donde podia vir Gatinheira como topónimo, se seria polo gatinheiro mas aparentemente nom é por este passaro (Certhia brachydactyla, vulgo tamém trepadeira comum) senom, dacordo co que me citam de Xosé Vidal Pérez em Catalogación toponímica do concello de Laxe, monte onde abunda o toxo gateño (Ulex nanus), do que me dim por outra parte: mato gateño é toxo baixiño espeso e de tronco e espiña delgados.
No galego de hoje da Corásmia (umha regiom asiática) poderia ser umha expressom anacrónica para a palavra que conhecemos como algoritmo.

Espera, que?



Recapitulemos, de onde vem algoritmo? Nom é que seja referência para nós mas por caso a RAE afirma que talvez proceda do árabe clásico ḥisābu lḡubār i. e. cálculo mediante cifras arábigas.

Porém tanto um Online Etymology Dictionary como a Wikipedia em inglês (por favor nunca fagais demasiado caso à Wiki em espanhol) dam outra explicaçom, partindo dumha regiom do atual Uzbequistám.


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...a conta do senhor محمد بن موسی خوارزمی (Muḥammad ibn Mūsā al-Khwārizmī), um celebérrimo matemático persa, pai da álgebra, astrónomo, bibliotecário chefe da Casa da Sabedoria em Bagdade, atual Irã... (quase nada!)

Da latinizaçom do gentílico no final do seu nome (al-Khwārizmī) como nativo da Corásmia é donde surge -muitas variações mediante- a forma atual algoritmo.

Curiosamente tem a mesma etimologia algarismo = 0, 1, 2... 9, cada um dos símbolos usados para a representaçom de um número.

A diferença do DRAE o Priberam sim vincula por etimologia as duas palavras ao matemático do s. IX
https://dicionario.priberam.org/algarismo
https://dicionario.priberam.org/algoritmo
Em que momento, em que ano esquecim que nom falávamos ainda de spoilers mas de destripar película, livro etc.
"Nom ma destripes q n'a vim ainda!"
De veras https://dicionario.priberam.org/mixuruca "origem expressiva" mas https://dicionario.priberam.org/mexerica sem igual etimologia para ambas?


Nom sabia que hai quem lhe chama faísca ao arume, por exemplo em lugares da bisbarra compostelã.
Alguém sabe o significado de brenlha? Usa-se em Nemancos e Soneira como topónimo.



Tamém existe como apelido.



Em concreto coa forma Brenlle (nom Brenlla, mais comum) em 2018 só ficavam dez persoas, e unicamente na província espanhola da Corunha, em todos os casos como segundo apelido.



Nom aparece como substantivo no Dicionario de dicionarios, nem no DRAG nem no Estraviz. Tampouco nom está na AELG. O único resultado de momento é como sinónimo (via UVigo) de raqueta, pá.

Esperaria que um topónimo e apelido bem conhecido como este correspondesse a umha descriçom espacial ou àlgum tipo de sustantivo. Conjeturo que pode ser variante de brenha, segundo o qual trataria-se de floresta ou mato espesso ≃ mata, mato. Para alguém que conheceu terras chamadas Brenlha esta conjetura Si, coincide. No meu cerebro é case visual! Sorpréndeme que no [dicionário] de don Eladio Rodríguez non estivera, p[or]q[ue] ese home, igual que o Padre Sarmiento, recolleron todo.
Lembrete amigável de que ágora é palavra feminina. Na Corunha di-se muito o Ágora para abreviar "o centro Ágora" mas o substantivo na nossa língua deve ir com a.

Work in progress

O cavar era um dos trabalhos mais duros. As mãos à noite ardiam por dentro, nom sabes? É que, aquel dia, o que mais e o que menos fazia o que podia. Porque ali se fazias o preguiceiro... Deixavas-lhe o seu eito e dizias-lhe:
Cava; que se nom, quedas atrás.
Deixavas-lhe a parte que lhe tocava.
Depois vínhamos por aí cantando. Cando chegávamos do trabalho [à casa da roga] colgávamos as chaquetas velhas que levávamos por cima, cheias de terra.