Dezanove anos depois de o começar a ler, treze depois de se ter completado a edição original, este 2017 acabei de ler “Bone”.

Quando a edição em comic-book em espanhol que eu seguia foi cancelada ficando a série inconclusa, neguei-me a passar ao formato de livros da nova editora licenciada, assim que após Dude Comics veio para mim Image Comics e finalmente de volta à casa matriz, Cartoon Books. Fui completando a série com a minha habitual lentidão e, felizmente, sem spoilers de ninguém. Acho que, realmente, também eu prolonguei consciente ou inconscientemente a leitura para que me acompanhasse um longo treito do caminho. Faço o mesmo com outros títulos.

É realmente um trabalho imenso de Jeff Smith, uma jóia da banda desenhada de aventuras e fantasia que adorei e que não concebo -ao igual que outros comics como Torpedo- em cor, pois o trabalho em preto e branco me parece magistral e qualquer adição a ele desnecessário.

Deu-me pena rematar a leitura e também pensar pessimistamente que provavelmente um sucesso assim não se repita de parte do autor.

Hei re-ler com prazer algum dia.

No correio deste número Jeff Smith conta que ele tinha escrito os três últimos números de “Bone” mesmo antes de começar a desenhar o primeiro da série.