Os subprodutos de Hellboy som habitualmente comics dignos, legíveis e que nom tratam o leitor como um completo idiota. Infelizmente, em diversos sentidos nom deixam de ser subprodutos.

E isto nom vai em detrimento do mérito que lhe reconheço a Mignola, talvez o único capaz na indústria dos EUA de fazer um Stan Lee à hora de orquestrar um universo. E sim, considero MM melhor autor que SL, embora editorialmente seja umha figura menor do que este último foi.

Que bem o faz Mignola. Singelo mas funciona; como dizemos os futeboleiros, “passe curto e ao pé”. Contudo, não pensemos que o que fazem aqui ele e Corben é inalcançável. Este último Hellboy podia-o ter guionizado… certo autor da Corunha e desenhado… certo artista de Viveiro. Fariam-no ambos sem maior esforço, estou convencido. Não pude, lendo este comic, evitar lembrar-me da obra que lhes sigo aos dois galegos desde anos atrás. E pensei mais outra vez no fantástico que seria que no nosso país o talento não só servisse para propostas raivosamente pessoais e particulares (benditas elas! que nunca desapareçam) senão que também tivesse eco dentro dum esquema de produção em série. Os estado-unidenses têm títeres com os que brincar e de alguma maneira… partilhar. Sim, partilhar é a palavra. Assim houve um Daredevil de Miller. Assim houve uns X-Men de Claremont. E ambos marcaram um antes e um depois nessas cabeceiras, embora não as terem criado -nem muito menos- nem um nem o outro. Aqui, pelo contrário, queremos (ou vemo-nos forçados a) inventar a roda de cada vez. E se já é difícil, sem editores de verdade (em plural) a cousa é ainda mais complicada…