Tanta léria cos
negros de Ibáñez mas mais bem se fazia se os webs de banda desenhada começassem polo menos a acreditar devidamente o trabalho de cada quem. Os principais dam Francisco Ibáñez como autor deste Olé, por exemplo...
... mas -que alguém me corrija se erro- juraria que nom hai nem umha única prancha del (além da capa) em todo o volume.
Os creativos som em realidade De Cos, Mengual, Ratera, Casanyes... e estes nom eram
autores fantasma de Ibáñez senóm
da editora, de Bruguera, que só os acreditava no guiom, desta maneira mentindo, por omissom, naqueles casos em que faziam o labor completo.
E webs presuntamente
especializados (chequei nos dous maiores espanhois e noutro francês de referência) nem sequer os mencionam, direta e falsamente dim que esse Olé é de F. Ibáñez e só da sua autoria.
Outro de muitos Olé em situaçom análoga ao anterior, e que resulta chamativo, é umha das aventuras do Botones Sacarino que mais lembram os leitores,
El escarabajo de oro:
Para surpresa minha foi obra em guiom e desenho de
Lurdes Martín Gimeno para o mercado alemám. Depois ela mesma lho vendeu a Bruguera. O entintado realizou-no Juan Manuel Muñoz. Na ediçom espanhola, que tamém leva histórias breves de Luis Rivera, Jesús de Cos, J. Vilar e Francisco Serrano, nom consta crédito, nem na capa nem no interior da aventura principal.
Alberto V. Táboas pensa que a gente ainda crê que toda a produçom de Bruguera a fijo Ibáñez. Eu digo que ao público tamém o hai que educar, que igual que se logrou algo impensável quando éramos adolescentes...
... pois da mesma maneira hai que lograr que se listem e se acreditem os nomes dos creadores dos Mortadelos (pseudo)apócrifos.
Os
pecados profissionais de Ibáñez som conhecidos de velho (que eu lembre começárom-se a popularizar via Internet polo câmbio de século): comportamento para assistentes e para companheiros de ofício, decalques de autores do mercado francobelga, etc. Contudo, valorações desse teor à parte, el nom deixa de ser um autor fora de série, um autoraço como poucos, que leva mais de meio século convocando a atençom de inúmeros leitores, mesmo de crianças do s. XXI.
Da sua obra eu adoro
esta época. Nom obstante a minha favorita é aquela em que copiava com todo o papo o estilo de Vázquez (este já nom era um fora de série senom um génio). Esta homenagem vem reconhecê-lo implicitamente:
Além disto tudo viu-se nos últimos tempos como hai quem fai show coa demonizaçom de Ibáñez. Qualquer cousa com tal de estar sempre na lameira, na polémica e na dicotomia. Eu poria a lupa mais no modelo empresarial de quem amassou dinheiro a eito às custas de forçar autores... e mais personagens:
Dos autores mortadelianos
semiocultos Samuel Guerrero tem especial estima por Casanyes:
A mí me gusta el Casanyes de los cómics de Quicky, me parecía todo un home run. Él y Miguel Francisco, me parecían todo otro rollo, muy fresco.
Eu gostava de Casanyes mas quando fazia o seu próprio material.
De miúdo eu nom gostava de nengum Mortadelo que nom fosse de Ibáñez (e dávamo-nos conta de quando nom eram del). O que mais lembro de Casanyes é a saga das criaturas de cera:
Mui reconhecível o seu estilo pola diagramaçom, Ibáñez nunca faria umha transiçom como a da 3ª à 4ª vinheta no extrato anterior.
Sempre me deu a sensaçom de que Casanyes era o autor com maior potencial daqueles mortadelianos, que em melhores circunstâncias podia ter arrasado.
Casanyes tivo distintos estilos à parte do ibañesco, por momentos podia ser mui Franquin, com ótimos resultados tamém.
No Olé que encabeça esta entrada Casanyes tamém desenhou umha história de Rompetechos.