Nom tenho nada de experiência na revisom por pares mas meio contribuim a umha
peer review hai pouco, que tratava sobre a banda desenhada como ferramenta para a análise de conflitos bélicos em retrospetiva histórico-pedagógica. Nom considero que aportasse muito, ao desconhecer os títulos analisados, nom publicados em nengum idioma que eu saiba ler, mas chamou-me a atençom que nas conclussões do escrito se considerasse a BD como suscetível à manipulaçom e distorçom ideológica no seu reflexo das guerras do século passado. Como se qualquer arte, nomeadamente o cine e a literatura, ou qualquer tipo de suporte comunicacional, como os ensaios, nom fossem presa dos sesgos políticos mais burdos ao refletirem os atores e eventos da guerra. Lembrei-me de várias obras que demostram que a BD pode nom só desmitificar senom abordá-las com claridade, sentido comum e nulo chauvinismo. Umha delas é
総員玉砕せよ! do mestre Mizuki, editada em inglês (
Onward towards our noble deaths), espanhol (
Operación muerte), francês (
Operation mort) e italiano (
Verso una nobile morte).
Astiberri, a editora em castelhano, fai este sumário do argumento:
Shigeru Mizuki, con una acritud desconocida en él, pasa factura a la Segunda Guerra Mundial y, más concretamente, a la práctica del gyokusai (literalmente, “atacar hasta morir con dignidad”), un eufemismo para evitar decir crudamente lo que era: una ofensiva en la que todos los atacantes debían morir. Hábilmente, y sin caer en la caricatura, Mizuki describe el repugnante desprecio por la vida humana del mando militar nipón. Sin razón válida o sentido estratégico alguno, los jóvenes soldados eran enviados a la muerte con la expresa prohibición de volver vivos bajo pena de ejecución.
É umha obra valiosíssima, para mim por riba até da extensa e maravilhosa autobiografia do creador do clássico
Ge ge ge no Kitaro, e só comparável no meu critério coa sua obra mestra
Non Non Ba.
Outro trabalho que, inesperadamente este, trata a guerra dum ponto de vista totalmente apatriótico é
Mi vida en barco (título espanhol de Gallo Nero). Na parte final deste extenso livro (624 páginas) que ainda acabei de ler ontem, Tadao Tsuge, sem advertência prévia, trata o papel do Japom na II Guerra Mundial, em dous capítulos mui avançados da obra (o volume tem 38 episódios). E fai-no com umha naturalidade pasmosa: um grupinho de velhos falando, simplesmente, isso é tudo. Com sinceridade os homens intercambiam lembranças e impressões que distam muito de narrativas imperialistas e etnocéntricas.
Som apenas dous exemplos do poder que tem a BD para enfrontar questões complexas sem cair na trampa do partidismo nacional e retam a afirmaçom que motivava este meu comentário em primeiro lugar.