
Les dessins sont de Pascal Dabère (non crédité) d'après Morris et le scénario d'après René Goscinny.but I'm not sure what that implies here.
L'égal de Lucky Luke.
Petite histoire en cours pour un numéro spécial de Spirou sur l'homme qui tire plus vite que son ombre.
«
Je suis arrivé à la conclusion que, dans un geste, l'image qui passe le
mieux, en statique, c'est celle où le mouvement est le plus lent ».
(Morris)
Quase horrorizado por um par de álbuns lidos poucos anos atrás do Lucky Luke após Morris, tive o personagem abandonado desde então. Embora me ter criado com ele e outros clássicos da BD franco-belga, em alguma altura da segunda metade dos 80 parecia-me que a qualidade, sem Goscinny, já não era a mesma e deixei de ler, ao tempo que saltava para o cómic comercial estadounidense.
Por mor desses Lucky Luke posteriores ao falecimento de Morris também não me aproximei à última etapa do próprio Morris, porém acabei agora de descobrir que estava errado e que há bom material até no tempo no que o desenhador seguia em ativo de velhinho.
A semana passada li dois dos últimos álbuns feitos pelo criador do personagem, quem trabalhou durante meio século com o seu cowboy protagonista, realizando nesse tempo mais de setenta livros dele. E fiquei gratamente surpreendido.
“Le pont sur le Mississipi” data de 1994 e conta com uma valoração positiva em Bedetheque.com com a que concordo, graças ao argumento de Xavier Fauche e Jean Léturgie. Responde ao esquema clássico de história de Lucky Luke, ao igual que “Le prophète”, de 2000 e com argumento nesta ocasião de Patrick Nordmann. Gostei também de “Oklahoma Jim”, de 1997, escrito pelo mesmo Léturgie mas com desenhos de Pearce (mimético de Morris), apesar de que a ideia dum Lucky Luke menino me parecia -me parece- de partida um recurso comercial lamentável. Os três álbuns -incidentalmente, editados em espanhol por Salvat com uma legendagem penosa- respeitam o tom e ritmo clássico das histórias do personagem, o seu uso do humor e os recursos do western e aliás contam com secundários bem postos. Vistos os vistos tenho curiosidade pela dezena de títulos da última época de Morris que me faltam por ler, à espera de ver o que outros autores novos fazem o ano que vem com o pistoleiro que dispara mais rápido do que a sua sombra.
Gosto desses rasgos orientais e do poncho à la Eastwood/Leone ^__^
Veremos se melhora os antecedentes, que foram péssimos comparados com as obras mestras da melhor era de Morris -quer com Goscinny, quer com outros argumentistas, ou mesmo em solitário-.
Depois da filmografia de Sergio Leone e do Blueberry de Charlier e Gir fazer um western visual com personalidade própria e qualidade das que marcam época está bem mais difícil. Em BD gostei do Gus de Christophe Blain, que é realmente original, e do filme The missing com Tommy Lee Jones, embora não ser especialmente popular, mas não me diz nada o que faz por exemplo Tarantino, a anos luz, para o meu gosto, do logrado por Eastwood nessa obra mestra que é Unforgiven. Considerado tudo isso e mais que Jodorowsky frequentemente me deixa frio, não esperava muito do primeiro Bouncer, mas a verdade é que é um trabalho sólido, com a vantagem de ter um mestre consagrado como Boucq na arte, embora esses lábios carnosos e enormes narizes que desenha sejam de pesadelo :-P
Lerei a meia dúzia de volumes da série mal tiver oportunidade.
A imagem procede de itunes, onde vendem a seis euros a edição eletrónica em francês, ainda que eu li a versão espanhola, em papel, de Norma Editorial, cortesia da biblioteca pública.