Ambientaçom, personagens, argumento, diálogos, reviravoltas na trama... tem-no tudo. Nom vou estender-me na descriçom de Fóra de mapa, abrevio dizendo que é a minha BD galega favorita junto com A carreta do diaño de Fernando Llorente. Nom me lembro neste momento de nengumha obra, feita em qualquer tempo e de assinatura pátria -nem sequer das mais promocionadas polos meios-, que prefira a ambas.

Fóra de mapa é umha obra prima digna de estar publicada em numerosos idiomas, ganhadora dum concurso galego, é verdade, mas que devia ter muitíssimo mais reconhecimento. De ter sido lançada dum mercado poderoso como o francês com certeza teria um eco mais ajustado ao seu merecimento. Nom tem nada a invejar a multipremiados éxitos recentes como Pele de homem (eu de facto anteponho de longe o título de Emilio Fonseca).

Vid recensões de Eduardo Maroño, Fátima Ameijeiras, etc.


Adorei.

Quando saiu a sua BD sobre os atentados ao Charlie Hebdo nom tivem humor para ler (talvez algum dia); nom relacionei ao apanhar este e assim comecei a ler sem saber quem era a autora. Foi o meu primeito contato coa sua assinatura e considero é realmente umha criadora sobresaliente, crítica e subtil, abençoada para o humor, capaz do poético e do cómico, de abranger a magnificência (a cultura, a natureza) mas tamém o anedótico (as pequenas memórias familiares ou da infância).

Aliás, eu estudei engenharia, nada mais longe de história da arte, por isso nem todas as referências pictóricas -e nom só- as colho, mas no final da ediçom (original, na da imagem traduzida para espanhol) vai umha página a jeito de índice de referências para quem quiger pescudar mais ou conhecer os trabalhos artísticos em que ela inspirou momentos desta sua brilhante crónica autobiográfica.

Umha das minhas melhores leituras desta temporada.